O presente trabalho objetiva mostrar como o rock neofascista tem motorizado o crescimento do espaço político de movimentos neofascistas nos países sul-americanos desde os anos 1980, por meio da construção do ódio aos seus antagonistas em consonância intensa com crenças, preconceitos e discursos de ódio já presentes em suas sociedades. Esta dinâmica permite que discursos extremistas se aproximem de outros existentes no senso comum, enraizados em países que passaram por um processo de colonização semelhante, organizado por nações europeias. Por meio de uma análise do conteúdo presente nos discursos de seis bandas do gênero surgidas em três países diferentes (Argentina, Brasil e Chile), perceberemos como o comportamento neofascista estabelece permanências e descontinuidades com os fascismos históricos a depender do que encontram nos terrenos onde atuam.
The present paper aims to show how neo-fascist rock has been driving the growth of the political space of neo-fascist movements in the South American countries since the 1980s, through the construction of hatred toward its antagonists in an intense consonance with beliefs, prejudices and hate speeches present in their societies. This dynamic allows extremist speeches to approach those existing in common sense, rooted in countries that have undergone a similar process of colonization organized by European nations. Through an analysis of the content present in the discourses of six bands of the genre that have emerged in three different countries (Argentina, Brazil and Chile), we will see how neo-fascist behavior establishes permanence and ruptures with historical fascism depending on what they find in the lands where they operate.