“O dengo que a nega tem”: representações de gênero e raça na obra de Dorival Caymmi

Artcultura

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ISSN: 2178-3845
Editor Chefe: Adalberto Paranhos e Kátia Rodrigues Paranhos
Início Publicação: 28/02/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

“O dengo que a nega tem”: representações de gênero e raça na obra de Dorival Caymmi

Ano: 2014 | Volume: 16 | Número: 28
Autores: André Rocha Leite Haudenschild
Autor Correspondente: André Rocha Leite Haudenschild | [email protected]

Palavras-chave: Dorival Caymmi; mulata; música popular brasileira.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo aborda algumas das configurações de gênero e raça na obra do compositor Dorival Caymmi, cujas representações poéticas se expressam em múltiplos significantes: a “baiana”, a “nega”, a “preta”, a “mulata” e a “morena”. Com esse intuito, recorreremos à mediação conceitual dos estudos culturais pós-coloniais para desvendar o olhar de um sujeito lírico duplamente obcecado pela exaltação à baiana arquetípica, como símbolo autêntico de nacionalidade, e pelo elogio da baianidade, como força motriz de uma ancestralidade original



Resumo Inglês:

The article discusses gender and race in the work of the composer Dorival Caymmi, who expresses his poetic representations through multiple significants: the “baiana”, the “nega”, the “preta”, the “mulata” and the “morena”. To this end, we will resort to the conceptual mediation of post-colonial cultural studies to unveil the desiring gaze of a lyrical subject obsessed by the exaltation of the archetypal baiana as an authentic symbol of nationality, and the praise of I as the driving force an original ancestry.