O presente trabalho traz reflexões sobre o conto “A língua das mariposas”, de Manuel Rivas, publicado em 1996 e adaptado para filme em 1999 por José Luis Cuerda. Tratando-se de uma obra multimídia, sua inclusão enquanto recurso de ensino torna-se bastante relevante ao abordar diversos gêneros narrativos, como a memória e o romance de formação, formas de texto, como o conto e o cinema, e temáticas profundamente contemporâneas, como o pânico moral e o discurso de ódio. Para tal, detemo-nos a dois eixos principais: a teoria a crítica literária marxista com Walter Benjamin e a crítica arquetípica de Northrop Frye, a fim de trazer à tona os pontos fundamentais da obra e elucidar possíveis abordagens de trabalho do texto literário em questão, transformando-o em instrumento para a elucidação de pontos tão caros a nossa sociedade contemporânea.