Neste artigo, atestamos que a micro análise, voltada para a investigação dos enquadres conversacionais diferentes, sob uma perspectiva qualitativa, com base em postulados da SociolinguÃstica Interacional, mostra-se suporte teórico metodológico adequado e instrumento poderoso para analisar os operadores discursivos e suas funções. Focalizamos o vocativo ´oi´ que, hodiernamente, sofreu processo de gramaticalização e é usado discursivamente como estratégia de processamento e/ou de conotação negativa no jogo da coversa. Nós nos baseamos nos estudos de Brown e Levinson (1987), que retomam e ampliam a conceituação de face proposta por Goffman (1970), com o objetivo de analisar o emprego da forma “Oi†como operador discursivo, recente e usual no Português do Brasil. Para tanto buscamos ocorrências desse operador nas mais diversas amostras de dados disponÃveis virtualmente, como NURC-RJ, Banco de Dados Interacionais do PEUL. Foi necessário ampliar nossa busca também a dados dispersos, encontrados na new media. Os dados revelam que a forma introduz quebra de face tão marcada, que já se pode até evidenciar o operador registrado em charges de jornal de grande circulação.