No campo político, as mulheres são reconhecidas como agentes recém-chegadas. Na disputa pelo capital político, os homens produzem estratégias ortodoxas para manter o status quo. A violência política de gênero, incluindo constrangimentos físicos, morais, psicológicos e sexuais, busca limitar a participação das mulheres na política. Para contribuir com o debate sobre o fenômeno, foram analisadas histórias de violência política de gênero que indicam a materialização desta estratégia e seus efeitos nas trajetórias de mulheres sujeitas a opressões de gênero, raça e classe. Essa violência também prejudica a democracia, impedindo uma representação diversa e inclusiva. Mulheres, em posição marginal no campo político, podem subverter esse estado de coisas, conforme sugerido por Erika Hilton, deputada federal negra e transgênero, desafiando a ideia de que o mundo é exclusivamente masculino.
In the political field, women are recognized as newly emerged agents. In the pursuit of political capital, men devise orthodox strategies to uphold the status quo. Gender-based political violence, encompassing physical, moral,psychological,and sexual constraints, aims to curtail women's participation in politics. To contribute to the debateon this issue, stories of political gender violence were highlighted, indicating the materialization of this strategy and its effects on the trajectories of women subject to gender, racial, and class oppression. This violence also undermines democracy by hindering diverse and inclusive representation. Occupying a marginal position in the political realm, women have the potential to subvert this state of affairs, as suggested by Erika Hilton, a black and transgender federal deputy, bychallengingthe notion that the world is exclusively maledominated.