“Pensa numa dor dolorosa” colonialidade, infâncias e maternidades Guarani e Kaiowá

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ISSN: 2238-9717
Editor Chefe: Samira Peruchi Moretto
Início Publicação: 02/05/1990
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: História

“Pensa numa dor dolorosa” colonialidade, infâncias e maternidades Guarani e Kaiowá

Ano: 2021 | Volume: 1 | Número: 38
Autores: C. R. Nichnig
Autor Correspondente: C. R. Nichnig | [email protected]

Palavras-chave: Infâncias indígenas, retirada compulsória de crianças indígenas, colonialidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Infâncias e maternidades se conectam quando refletimos sobre as vulnerabilidades e a ausência de direitos das crianças indígenas no Brasil. Neste artigo pretendo abordar de que modo um olhar colonial sobre as maternidades e infâncias indígenas importam em preconceitos e levam a desconsiderar as formas de cuidado e as possibilidades que as crianças indígenas têm de experienciar a infância junto de suas famílias e comunidades. Ao problematizar a existência de um olhar colonial sob o cuidado, o qual impõe uma forma correta a ser seguida em detrimento de outras formas tradicionais de cuidar e ser criança, busco perceber como este olhar fundamenta o direito da interferência estatal em relação as mães indígenas, as quais são impedidas de exercer o direito de guarda sobre seus filhos, os quais crescem longe da cultura e do modo de viver Guarani e Kaiowá.



Resumo Inglês:

In  this  article,  I  intend  to  approach  how  a colonial   look   at   indigenous   maternity   and childhood  influences  prejudices  and  leads  to disregarding    the   forms    of    care    and   the possibilities  that  indigenous  children  have  to experience    childhood    together    with    their families  and  communities.  By  problematizing the existence of a colonial perspective on care, which imposes a correct way to be followed at the expense of other traditional ways of caring and being a child, I seek to understand how this perspective    underlies    the    right    of    state interference  in  relation  to  indigenous  mothers, who are prevented from exercising the right of custody  over  their  children,  who  grow  up  far from the Guarani and Kaiowá culture and way of life.