Este artigo tem como objetivo comparar formas de escrita próprias do Jornalismo e da Antropologia a fim de discutir distâncias e aproximações entre as duas construções textuais. Busco, com isso, pensar sobre o desenvolvimento de uma etnografia e de uma notícia ao detalhar processos de escolha, de montagem e de edição que apontam como se apresentam questões metodológicas na rotina das duas práticas. As reflexões partem de minha experiência como jornalista e como antropóloga. Assim, o material empírico é um desdobramento de minha tese de doutorado - fruto da observação participante e das reflexões do meu caderno de campo - e também da sequente pesquisa desenvolvida em meu pós-doutorado.