Apesar de não haver uma definição sobre o tema Responsabilidade Social Corporativa (RSC), os conceitos acadêmicos, geralmente, apontam que o termo se refere a uma relação ética das organizações com seus stakeholders e do respeito das mesmas ao meio ambiente. Vários estudos, contudo, vêm demonstrando que a RSC acontece especialmente no campo do discurso empresarial e pouco em ações efetivas. Muitos autores já compartilham da idéia de que as organizações utilizam a responsabilidade social como mecanismo de reforço de imagem organizacional, e não como princÃpio ético. Este artigo, neste sentido, pretendeu confrontar, de forma exploratória, o discurso oficial de dois grandes bancos brasileiros, Banco do Brasil e Itaú, que fazem uso intensivo do discurso socialmente responsável, com suas práticas. Para tanto, foram comparados textos e imagens dos sites das duas empresas – analisados com base em métodos de análise de conteúdo -, a alguns dados públicos sobre a relação dos Bancos com seus clientes e empregados, como Ãndices de doenças ocupacionais, de processos trabalhistas e de ações no Procon. Os resultados sugerem que os bancos mantêm com seus clientes e empregados uma relação unilateral e de exploração, e não de eqüidade e responsabilidade social, como sugerem seus sites.
The academic concepts indicate that the term Corporal Social Responsibility (CRS) refers to an ethical relation of the organizations and its stakeholders and their respect to the environment. Several studies, however, have been demonstrating that the CSR is present particularly in the field of contractors' speech and produces little in effective actions. Many authors already share the idea that the organizations apply the social responsibility as a mechanism to reinforce the organizational image and not as an ethical principle. This article attempts to confront, in an exploiting way, the official speech from two wealthy Brazilian banks which intensively use the social responsible speech with their actions. To accomplish this we compared texts and images from websites of both companies – analyzed on the basis of content analysis methods - along with public data about the relation from Banks and their clients end employees, such as rates of occupational disease, labor and commercial lawsuits. The results suggest that these banks maintain with their clients and employees a unilateral and exploiting relationship and not one of social responsibility as suggested in their websites.