O presente artigo é um excerto da tese de doutorando que está em curso e por isso, apresenta uma discussão inicial acerca da assunção de sujeitos polÃticos coletivos (COUTINHO, 1979) numa escola pública do campo para construção através do diálogo (FREIRE, 2005) de uma escola como bem social público, com organização democrática e com plena participação das famÃlias. Para tal, procuro compreender o contexto sócio-histórico da tentativa de construção dessa Escola Cidadã, pois nossa herança colonial materializada nas implicações da Colonialidade do poder (QUIJANO, 2002, 2005, 2010) vem muitas vezes tem impedido a articulação de diferentes sujeitos da escola para a construção e vivência das ideias de democracia, cidadania e qualidade fora do padrão moderno/colonial de poder. Por isso é imprescindÃvel o diálogo com as famÃlias dos meios populares que encontraram diversos caminhos para estar presentes no cotidiano escolar tendo sua voz, angústias e anseios ouvidos, e sendo ouvidos passam para o próximo passo que é dialético e que requer discussões e negociações com a gestão escolar, que nesse contexto, acaba por ocupar um duplo papel, o de conduzir a escola e ser representação da Secretaria Municipal de Educação naquela comunidade.