“Só é fracassado quem quer”: a subjetividade loser na literatura de autoajuda
Revista Galáxia
“Só é fracassado quem quer”: a subjetividade loser na literatura de autoajuda
Autor Correspondente: CASTELLANO, Mayka | [email protected]
Palavras-chave: autoajuda; análise de discurso; fracasso; fracassado
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Resumo Português:
Neste artigo, a partir da análise do livro Só é fracassado quem quer, exemplar da literatura de autoajuda escrito por Thomas Morgan e publicado no Brasil em 1989, proponho a problematização da recente incorporação no paÃs do discurso desabonador a respeito do fracasso, situação entendida não como resultado de um contexto social especÃfico, mas como inadequação individual. Para isso, parto da abordagem sobre uma figura marcante da cultura norte-americana: o loser, presente em diversos produtos culturais daquele paÃs, e que, no Brasil, aparece traduzido pelo termo fracassado. O fracassado, nesse sentido, simboliza aquele que não prosperou em um pretenso mundo de oportunidades difundido pelo imaginário do sucesso da autoajuda contemporânea.