“Se a história é nossa, deixa que nóis escreve”: os rappers como historiadores
Artcultura
“Se a história é nossa, deixa que nóis escreve”: os rappers como historiadores
Autor Correspondente: Roberto Camargos | [email protected]
Palavras-chave: música rap; usos do passado; memórias
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Neste artigo, analiso como alguns rappers se colocaram na condição de “historiadores” do tempo presente, oferecendo a seu público narrativas que se propõem a dar conta de explicar o mundo contemporâneo, esmiuçar suas contradições e revelar verdades supostamente ausentes em outros relatos/histórias da vida social (segun-do eles, entre as versões da história que criticam estão as midiáticas e até mesmo as que fi guram nos livros de história). Como resultado, os rappersacabam criando também novos mar-cos e seus próprios heróis, dimensão que exploro ao tomar como exemplo bem-sucedido o caso de Sabotage, uma legenda do rap
Resumo Inglês:
In this article I address how a few rappers have seen themselves as “historians” of pre-sent time who off er their public narratives meant to explain the contemporary world, to dissect its contradictions and to reveal truths supposedly not found in other nar-ratives (among the versions of history they criticize are those off ered by the media and even history books). As a result, rappers end up also creating new milestones and their own heroes, dimension that I explore when taking as example successful case of rapper Sabotage.