“Serve para o desuso pessoal de cada um”: as louças de vovó, os cacos para um vitral e o indizível em museus e na Museologia

Revista Eletrônica Ventilando Acervos

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ISSN: 23186062
Editor Chefe: Rafael Muniz de Moura
Início Publicação: 31/10/2013
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Museologia

“Serve para o desuso pessoal de cada um”: as louças de vovó, os cacos para um vitral e o indizível em museus e na Museologia

Ano: 2017 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: BRITTO, C. C.
Autor Correspondente: BRITTO, C. C. | [email protected]

Palavras-chave: Museologia, Literatura, Fratrimônio, Fragmentos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Louças, cacos e fragmentos consistem nos leitmotivs deste texto que visa problematizar o indizível nos museus e na Museologia a partir do cruzamento de narrativas oriundas de espaços variados: a poética das coisas promovida pelos museus a partir das “louças de vovó”, a poética promovida pela literatura enquanto “cacos para um vitral” e a linguagem instituída pela Museologia quando suscita “o próprio indizível pessoal”. A partir de uma perspectiva fratrimonial inspirada pela poética de Manoel de Barros e de Cora Coralina evidencia as tensões que eclodem no enfrentamento das políticas do silêncio e na busca pela garantia do direito de ressoar vozes dissonantes. Visa, assim, articular literatura e exposições museológicas no intuito de desestabilizar a leitura canônica das coisas e estimular outras possibilidades expressivas.



Resumo Inglês:

Crockery and fragments consist of the leitmotivs of this paper that seeks to problematize the unspeakable in museums and Museology from the intersection of narratives from varied spaces:: the poetic of things promoted by museums in the "grandma's crockery", the poetic promoted by literature as "shards for a stained glass" and the language instituted by Museology when it provokes "the unspeakable personal itself". From a fratrimonial perspective inspired by the poetics of Manoel de Barros and Cora Coralina, he problematizes the tensions that arise from the confrontation in the policies of silence and in the search for the guarantee of the right to resound dissonant voices. It aims, therefore, to articulate literature and museological expositions in order to destabilize the canonical reading of things and stimulate other expressive possibilities.