Louças, cacos e fragmentos consistem nos leitmotivs deste texto que visa problematizar o indizÃvel nos museus e na Museologia a partir do cruzamento de narrativas oriundas de espaços variados: a poética das coisas promovida pelos museus a partir das “louças de vovóâ€, a poética promovida pela literatura enquanto “cacos para um vitral†e a linguagem instituÃda pela Museologia quando suscita “o próprio indizÃvel pessoalâ€. A partir de uma perspectiva fratrimonial inspirada pela poética de Manoel de Barros e de Cora Coralina evidencia as tensões que eclodem no enfrentamento das polÃticas do silêncio e na busca pela garantia do direito de ressoar vozes dissonantes. Visa, assim, articular literatura e exposições museológicas no intuito de desestabilizar a leitura canônica das coisas e estimular outras possibilidades expressivas.
Crockery and fragments consist of the leitmotivs of this paper that seeks to problematize the unspeakable in museums and Museology from the intersection of narratives from varied spaces:: the poetic of things promoted by museums in the "grandma's crockery", the poetic promoted by literature as "shards for a stained glass" and the language instituted by Museology when it provokes "the unspeakable personal itself". From a fratrimonial perspective inspired by the poetics of Manoel de Barros and Cora Coralina, he problematizes the tensions that arise from the confrontation in the policies of silence and in the search for the guarantee of the right to resound dissonant voices. It aims, therefore, to articulate literature and museological expositions in order to destabilize the canonical reading of things and stimulate other expressive possibilities.