A polÃtica catarinense de meados da década de 1960 apresentou uma caracterÃstica fundamental: a coexistência de diferentes elites polÃticas. Dentro do PSD (Partido Social Democrático) estadual, esta foi uma caracterÃstica marcante. De um lado, um grupo de larga tradição, voltado para uma ação de caráter mais personalista, geralmente identificada por práticas tidas como “clientelistas†e “populistasâ€. De outro, pela emergência de certas demandas técnico-administrativas dentro dos aparelhos estatais, provenientes de um Ãmpeto de modernização, nas quais entram em cena personagens vinculados a um diferente perfil (construÃdo por uma perspectiva tecnocrata). O primeiro carregava a influência de Aderbal Ramos da Silva (ex-governador), através de uma liderança cada vez mais fundamentada na figura do deputado Ivo Silveira. O segundo grupo, fortalecido no perÃodo aqui assinalado, ganhou evidência com o “Seminário Sócio-Econômico†e, posteriormente, com o “Plano de Metas do Governoâ€; isto, através da supervisão destacada do intelectual Alcides Abreu. Sendo fundamental para os primeiros o controle da máquina pública, refinada pelos segundos, entra em cena uma nova correlação de forças em busca do poder partidário, resultado simultâneo da fricção e da simbiose entre novas e antigas culturas polÃticas.