“SOU JUCA DO BASÍLIO, GUARDIÃO DA FERROVIA”: ACERVO PESSOAL, PATRIMÔNIO E IDENTIDADE NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

Revista de Estudos Interdisciplinares

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ISSN: 2674-8703
Editor Chefe: Ewerton da Silva Ferreira
Início Publicação: 27/07/2020
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas

“SOU JUCA DO BASÍLIO, GUARDIÃO DA FERROVIA”: ACERVO PESSOAL, PATRIMÔNIO E IDENTIDADE NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

Ano: 2019 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Maira Eveline Schmitz
Autor Correspondente: Maira Eveline Schmitz | [email protected]

Palavras-chave: Ferrovia, Memória, Patrimônio

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho procura analisar a construção de uma memória relativa à ferrovia na região sul do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, a partir do arquivo pessoal e das ações individuais de José Eugênio Antunes Peres, mais conhecido como Juca do Basílio. Este senhor é morador da cidade de Pedro Osório, a qual surgiu e teve seu ápice econômico ligado à estação ferroviária e seu entorno, decaindo justamente com a extinção da passagem dos trens. Conhecido por seu hábito de estudar, pesquisar, colecionar e divulgar materiais e informações sobre a rede férrea, Juca é dono de um grande acervo e suas exposições de fotografias buscam retratara história do trem e chamar a atenção para o passado da região onde vive, legitimando-o e lhe dando uma versão. Nesta direção, baseando-se na metodologia da História Oral, este trabalho busca compreender os motivos que levaram Juca a constituir seu acervopessoal e de que forma, através de suas ações de valorização da história, o patrimônio urbano é apropriado e ressignificado, delineando as tensões entre o passado e o presente. Acredita-se que ao selecionar símbolos específicos para justificar um passado ferroviário da cidade, interesses individuais acabam auxiliando a construção de uma identidade, a partir da memória, que se objetiva coletiva.