O presente artigo toma como ponto de partida o longa-metragem “O Céu de
Suelyâ€, dirigido por Karim Aïnouz (2006), e lança um olhar possÃvel sobre alguns
itinerários de gênero e de sexualidade experimentados pela protagonista do filme. O
mergulho nesse filme especÃfico é regido tanto pelo aporte teórico que sustenta esse
trabalho, especialmente a teorização desenvolvida por Judith Butler em composição
com os estudos foucaultianos em torno da sexualidade e do poder, como pelo recurso
metodológico escolhido - “etnografia de telaâ€. Alguns pontos de análise são enfatizados
neste trabalho: a minha implicação no ato de ver esse filme e de trabalhar com essa
temática; o dispositivo da sexualidade na vida das mulheres; fragmentos fÃlmicos para
pensar o conceito de performatividade de gênero em cena-ação. Diria que o filme em
análise aponta para possibilidades de resistência e subversão e, no mesmo instante,
aciona performativos de gênero e de sexualidade.