A “territorialização” do agronegócio globalizado em Barreiras - BA: migração sulista, reestruturação produtiva e contradições sócio-territoriais

REVISTA NERA

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ISSN: 1806-6755
Editor Chefe: Eduardo Paulon Girardi
Início Publicação: 30/06/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

A “territorialização” do agronegócio globalizado em Barreiras - BA: migração sulista, reestruturação produtiva e contradições sócio-territoriais

Ano: 2010 | Volume: 0 | Número: 17
Autores: M. L. MONDARDO
Autor Correspondente: M. L. MONDARDO | [email protected]

Palavras-chave: Migração sulista, globalização, “territorialização” do capital, agronegócio, Barreiras - BA.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os setores produtivos no Brasil, a partir da década de 1970, vêm passando por intensa reestruturação produtiva, especialmente, com a difusão desigual do meio técnico-científico-informacional pela globalização que desencadeou profundas metamorfoses no processo produtivo associado à agropecuária, reestruturando os espaços rurais e urbanos com a materialização de um novo arranjo territorial. Por isso, este estudo visa analisar e discutir os atuais processos de reestruturação produtiva, com a “territorialização” do agronegócio globalizado no Oeste da Bahia, que se difunde mais radicalmente no município de Barreiras a partir da década de 1980, sendo resultado, em parte, da migração sulista. Esse processo provocou uma reorganização sócio-territorial com a emergência de novas territorialidades por meio da “modernização da agricultura” e do incremento da ascendente urbanização. Apontamos que a “territorialização” do agronegócio globalizado no Oeste Baiano gera paradoxos, pois, ao mesmo tempo em que se “apropria” e “domina” o cerrado gerando riqueza extremamente concentrada, reproduz pobreza por meio da exploração da força de trabalho e dos danos ambientais produzidos por esse modelo predatório de exploração dos recursos naturais.