Este trabalho analisa o que acontece durante a co-construção de uma história entre mãe e
filho(a) quando a mãe se depara com situações de estranhamento durante a narrativa (como não
conseguir identificar um personagem). Observa-se se a criança, nessas situações, ganha espaço para conarrar a história e ajudar a mãe a resolver o problema. As dÃades são de duas cidades, com crianças de
3 e 5 anos. Resultados evidenciam que as mães veem os filhos como interlocutores da história, e não
apenas como ouvintes que não contribuem para seu direcionamento. É possÃvel relacionar práticas que
as mães adotam com os filhos em casa com práticas adotadas por professores na escola, no que se refere
à ratificação da fala das crianças.
This article analyses what happens during the co-construction of narratives between
mother-child when the mother faces situations that cannot solve (such as being unable to identify/
nominate a character). I observed whether the children, in these situations, obtain opportunity to conarrate the story and help the mother to solve the problem that is established. Participants are from two cities and children are 3 and 5 years old. Results show that mothers consider their children as real
interlocutors of the story, and not just listeners that cannot contribute for its direction. It is possible to relate practices that mothers adopt with children at home to some practices that teachers adopt with students at school, in regards to ratification of children’ speech.