“Tudo é importante, mas nossa bandeira de luta, mesmo, é o território”

ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste

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ISSN: 2358-5587
Editor Chefe: Marcos Aurélio da Silva
Início Publicação: 01/01/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia

“Tudo é importante, mas nossa bandeira de luta, mesmo, é o território”

Ano: 2017 | Volume: 4 | Número: 8
Autores: Cristina Maria Arêda-Oshai
Autor Correspondente: Cristina Maria Arêda-Oshai | [email protected]

Palavras-chave: territórios quilombolas; conflitos; interações; produção de saúde-doença; reciprocidades.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A frase que nomina este artigo foi proferida pela líder quilombola Srª. Maria Valéria Carneiro em resposta a um questionamento sobre a invisibilidade do tema ‘saúde’ no âmbito do movimento quilombola no estado do Pará. O território tem centralidade nos debates, pois dele se extrai e nele é cultivada boa parte dos alimentos consumidos localmente; é o lugar do trabalho, mas também do lazer; onde são cultivadas, mas também extraídas plantas para uso terapêutico. O território é palco de divergências, mas também de confluências; de reprodução física e sociocultural; de conflitos, mas também de curas e de solidariedades. Sendo assim, o artigo objetiva apresentar duas das várias dimensões observadas em territórios quilombolas marajoaras, que fazem deles lugares de conflito, mas também de interações, produção de saúde-doença e de reciprocidade.



Resumo Inglês:

The sentence that names this article was uttered by the quilombola leader Srª. Maria Valéria Carneiro in response to a question about the invisibility of the topic 'health' in the scope of the quilombola movement in the state of Pará. The territory is central to the debates, since it is extracted from it and a large part of the food consumed locally is grown there; it is the place of work, but also of leisure; where they are grown, but also extracted plants for therapeutic use. The territory is the scene of divergences, but also of confluences; physical and socio-cultural reproduction; conflict, but also healing and solidarity. Therefore, the article aims to present two of the various dimensions observed in Marajoara quilombola territories, which make them places of conflict, but also of interactions, production of health-disease and reciprocity.



Resumo Espanhol:

La oración que nombra este artículo fue pronunciada por el líder quilombola Srª. Maria Valéria Carneiro en respuesta a una pregunta sobre la invisibilidad del tema 'salud' en el contexto del movimiento quilombola en el estado de Pará. El territorio es central en los debates, ya que se extrae de él y gran parte de los alimentos consumidos localmente se cultiva allí; es el lugar de trabajo, pero también de ocio; donde se cultivan, pero también extraen plantas para uso terapéutico. El territorio es escenario de divergencias, pero también de confluencias; reproducción física y sociocultural; conflicto, pero también sanación y solidaridad. Por lo tanto, el artículo tiene como objetivo presentar dos de las diversas dimensiones observadas en los territorios de quilombola de Marajoara, que los convierten en lugares de conflicto, pero también de interacciones, producción de salud-enfermedad y reciprocidad.



Resumo Francês:

La phrase qui nomme cet article a été prononcée par le chef de la quilombola Srª. Maria Valéria Carneiro en réponse à une question sur l'invisibilité du thème `` santé '' dans le contexte du mouvement quilombola dans l'État du Pará. Le territoire est au centre des débats, car il en est extrait et une grande partie de la nourriture consommée localement y est cultivée; c'est le lieu de travail, mais aussi de loisir; où ils sont cultivés, mais aussi extrait des plantes à des fins thérapeutiques. Le territoire est le théâtre de divergences, mais aussi de confluences; reproduction physique et socioculturelle; conflit, mais aussi de guérison et de solidarité. Ainsi, l'article vise à présenter deux des différentes dimensions observées dans les territoires de Marajoara quilombola, qui en font des lieux de conflits, mais aussi d'interactions, de production de maladies et de réciprocité.