“Uma Consequência de Estar Mal Disposto”: A polissemia da metafísica em 'A Máquina de Fazer Espanhóis'

Revista Diálogos Mediterrânicos

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ISSN: 22376585
Editor Chefe: André Luiz Leme
Início Publicação: 31/05/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

“Uma Consequência de Estar Mal Disposto”: A polissemia da metafísica em 'A Máquina de Fazer Espanhóis'

Ano: 2016 | Volume: 0 | Número: 11
Autores: Marcelo Franz
Autor Correspondente: FRANZ, M. | [email protected]

Palavras-chave: História; Literatura; Artes

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Analisa-se neste estudo o diálogo do romance A Máquina de Fazer Espanhóis (2012), de Valter Hugo Mãe, com o poema Tabacaria, do heterônimo pessoano Álvaro de Campo, nome de destaque no contexto de Orpheu. Trata-se de um interessante caso de intertextualidade ancorado, nos termos de Tiphaine Samoyault, no conceito de memória da literatura, entendida como atitude de ressignificação dos textos do passado pelos do presente. Imbuído de um intento de revisão do poema, o romance de Mãe propõe, por meio do personagem Esteves (o “sem metafísica”) e de sua interação com outros internos do asilo “Feliz Idade” um debate sobre a identidade cultural portuguesa e os desastres da história do país no século XX, nomeadamente a permanência do legado do Salazarismo na mentalidade média do povo português até a contemporaneidade. Pretende-se debater a polissemia do conceito de metafísica a no modo como o livro de Mãe o retoma a partir da sugestão de Tabacaria.