Partindo da grande e inédita cobertura que a imprensa brasileira dedicou à Guerra do Paraguai, o artigo analisa caricaturas sobre o recrutamento forçado em São Paulo e na Corte. O texto busca explicar o grande interesse que os confrontos no Sul despertaram em diferentes sujeitos. Trabalha com a hipótese de que as razões e os significados que a atenção dedicada ao evento pelos habitantes do Brasil oitocentista eram bem menos óbvias, e mais variadas, do que se pode supor com um olhar apressado. Nesse sentido, aquele evento e o modo como figurou nas páginas da imprensa, em especial nos jornais de caricatura, constituem interessantes meios de aprofundar a compreensão do recrutamento forçado no Brasil da época e seus nexos com temas como nacionalismo, raça, identidades de trabalhadores – escravos, libertos e livres – e cidadania no Brasil imperial.