Tendo como referência o texto Lázaro, investiga-se como a prosa de Hilda Hilst toma forma
desde a obra de estreia, Fluxo-floema (1970), fundamentando-se em procedimentos como a
autorreferencialidade, a paródia e a polifonia. Analisando como o narrador-personagem Lázaro
apresenta os fatos e os seus sentimentos em relação aos mesmos, discute-se de que forma a
prosa hilstiana se envereda pelos meandros da tradição, relacionando-a às noções de falência e
de morte. Assim, observam-se como o narrar de Hilda Hilst é empreendido e como se dá a
problematização das tradições bÃblica e artÃstico-literária das quais a autora é herdeira.