O texto traz reflexões sobre alguns estudos de cunho dialetológico realizados na região cuiabana, em Mato Grosso, e, em andamento, na região do médio Tietê, em São Paulo. A intenção é continuar mostrando que algumas realizações fonéticas no nosso diversificado modo brasileiro de falar o português – reconhecidamente e evidentemente distinto do modo europeu, africano e asiático de também falar o mesmo português – não podem ser tratadas como processos surgidos exclusivamente em terras brasileiras por conta da nossa história social: contexto em que Ãndios e negros falavam o lÃngua portuguesa, introduzindo nela realizações sonoras, lexicais e sintagmáticas supostamente nunca ditas e ouvidas ou escritas e lidas antes.