O romance A fúria do Corpo, de João Gilberto Noll, apresenta, em sua narrativa, intensas
relações entre os corpos de seus personagens e os espaços da cidade do Rio de Janeiro. Nesses
contatos, os corpos funcionam como referência identitária, intermediados por frequentes
relações sexuais e diversos tipos de violência. Esse movimento parece encontrar ressonância no
incessante perambular pelas cidades, indicando significativos deslocamentos e relativização de
fronteiras.