Ao alterar o rumo do entendimento de estética na cultura ocidental, Kant destrói os conceitos
anteriores de arte, construindo novos, multiperspectivos, porém excessivamente racionais e
dicotômicos, seguindo a tradição platônica e cartesiana. Funda-se assim a visão moderna de
fragmentação estética do mundo fragmentado. Captamos o mundo segundo nossas experiências,
expectativas, desejos, vontades, conhecimento de mundo, enfim, de acordo com nossos a priori.
Cada um capta o mundo de modo diferente, particular. A literatura polifônica seria um reflexo,
então, do mundo polifônico, porém nossas faculdades da razão pura, razão prática e de julgar
são indissociáveis, diferentemente do que Kant postulava.