(14.02) BREVE GENEALOGIA DA ADULTERAÇÃO E APAGAMENTO DE UMA PEQUENA FRASE POLÊMICA NA MÍDIA BRASILEIRA

REVISTA DE LETRAS NORTE@MENTOS

Endereço:
Avenida dos Ingás, 3001 Jardim Imperial Sala L10
Sinop / MT
78555-000
Site: http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/norteamentos
Telefone: (66) 3511-2138
ISSN: 19838018
Editor Chefe: Rosana Rodrigues da Silva e Neusa Inês Philippsen
Início Publicação: 30/06/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

(14.02) BREVE GENEALOGIA DA ADULTERAÇÃO E APAGAMENTO DE UMA PEQUENA FRASE POLÊMICA NA MÍDIA BRASILEIRA

Ano: 2014 | Volume: 7 | Número: 14
Autores: R. L. Baronas, S. Ponsoni
Autor Correspondente: R. L. Baronas | [email protected]

Palavras-chave: comunicação, política, aforização e discurso

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, com base na proposta de uma análise discursiva da comunicação, concebida por
Alice Krieg-Planque (2006; 2009 e 2011) e na teoria das frases sem texto, perscrutada por
Dominique Maingueneau (2010; 2011; 2012 e 2014), buscamos compreender o funcionamento discursivo da comunicação política brasileira. Para tanto, frequentamos um pequeno conjunto de
reportagens dadas a circular pelos sites da BBC, da UOL e do Contexto Livre, nos dias 07 e 08
de outubro deste ano, sobre uma critica feita pelo ex-presidente Lula a internautas, que atacaram
os nordestinos, cujos comentários os designavam como ignorantes e desinformados em razão de
estes terem votado de maneira expressiva na candidata do Partido dos Trabalhadores – PT –
Dilma Rousseff, no primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras de 2014. A crítica em
questão foi publicada em sua versão original pela BBC na noite de 07 de outubro e trazia no
título ‘atacar’ e ‘criticar’ em posições alteradas. O título original dizia: “Lula critica internautas
que atacaram nordestinos”. O título foi alterado e republicado pelo site da UOL no dia 08/10
como: “Lula ataca internautas que criticaram nordestinos”. Exploramos essa alteração
discursiva com o objetivo de refletir, por um lado, acerca da tensão ideológica, que se estabelece
entre os textos outros que circulam no interdiscurso e as pequenas frases que foram postas a
circular nos diversos ambientes midiáticos selecionados, e, por outro, refletir sobre os quadros
de restrição e de fonte sócio-históricos que exercem sobre os enunciados de curta extensão
selecionados uma pressão forte.