Em Nu, de botas, Antonio Prata vivencia de maneira decisiva uma das tensões fundamentais de toda escrita autobiográfica: o relato da experiência vivida por intermédio de uma consciência racional e afastada. Tendo esta dialética como base, o autor toca em questões fulcrais para a escrita de si na contemporaneidade, a exemplo do papel da infância, da manutenção da identidade e da relação do eu com um mundo dominado pela mercadoria.