O artigo analisa os resultados obtidos nos vestibulares dos oito primeiros anos de existência da polÃtica de cotas raciais e sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De 2005 a 2012, antes da Lei 12.711/2012, a universidade possuÃa sistema próprio de cotas, que reservava até 20% de vagas para cotistas raciais e 20% para cotistas sociais. O objetivo é analisar os efeitos desse sistema na aprovação de candidatos negros e estudantes de escolas públicas, quando comparada aos resultados de 2004 - último vestibular sem polÃticas de cotas. São utilizadas técnicas de análise quantitativa do desempenho dos cerca de 50 mil candidatos ao ano por tipo de cota, curso e turno. Os resultados mostram um efeito inesperado na polÃtica de cotas da UFPR: apesar do crescimento abaixo dos percentuais de aprovação de negros, houve uma aprovação maior de mulheres cotistas nos vestibulares.
The paper analyses the results obtained in the eight first years of existence of the policy of social and racial quotas at the Paraná Federal University (UFPR). From 2005 to 2012, prior to law 12711/2012, UFPR had its own system of quotas, which reserved up to 20% of places for race quota holders and 20% for social quota holders. The goal is to analyze the effects of the adoption of such system for approval of black candidates and public school students, as compared to results from 2004 - the last admission exam held without quota policies. Quantitative analyzes are conducted on the performance of about 50 thousand candidates per year according to type of quota, course, and shift. The results show an unexpected effect of UFPR's affirmative policies: despite increasing below black approval rates in general, more black women passed the exam.