A evolução agrária da capitania de Sergipe sofreu um inflexão na virada do século XVIII para o XIX graças à expansão da lavoura canavieira e dos engenhos de açúcar. Neste artigo, Estudamos o caso sergipano no movimento mais amplo de renascimento da agricultura canavieira no Brasil e, usando fontes históricas como listas de plantadores e inventários post-mortem, mostramos como as atividades produtivas se distribuíam no espaço da capitania e como o trabalho escravo era distribuído e acessado pelos produtores. Nossos resultados indicam que o surgimento tardio do açúcar em fins do século XVIII insere a capitania de Sergipe à economia atlântica, mas esse processo foi condicionado pela evolução agrária anterior.