Abordagem Sistêmica Comunitária Avaliação de um Serviço Socioterapêutico de Saúde Mental em Fortaleza

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ISSN: 2238-0426
Editor Chefe: Francisco Horacio da Silva Frota
Início Publicação: 02/05/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política

Abordagem Sistêmica Comunitária Avaliação de um Serviço Socioterapêutico de Saúde Mental em Fortaleza

Ano: 2017 | Volume: 7 | Número: 18
Autores: A.E.Sousa, L.F.A.Costa
Autor Correspondente: A.E.Sousa | [email protected]

Palavras-chave: saúde mental, abordagem sistêmica comunitária, autopoiese comunitária

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem por base uma pesquisa qualitativa em que usuários da Abordagem Sistêmica Comunitária discorrem sobre a efetividade de cuidados socioterapêuticos, preventivos e inclusivos em suas vidas. A Abordagem Sistêmica Comunitária surgiu como um conjunto de práticas integrativas e sócio inclusivas de cuidados para a conservação da saúde mental de moradores da periferia de Fortaleza, no Ceará. A pesquisa verificou o progresso no bem estar biopsicossocioespiritual de usuários do Movimento Saúde Mental Comunitária, executor de uma política pública de Saúde Mental em parceria com a Prefeitura de Fortaleza no âmbito da Política Nacional de Práticas Integrativas Complementares do SUS. A verificação recorreu a relatos de vida (BERTAUX, 2005), elegendo o viés da efetividade subjetiva (FIGUEIREDO; FIGUEIREDO, 1986). Para a OMS, saúde é definida como estado de bem estar físico, mental e social. Neste trabalho, o conceito de saúde é ampliado, considerando o equilíbrio biopsicossocioespiritual, agregando a dimensão espiritual à definição da OMS. A pesquisa contemplou a contextualização de ações terapêuticas, de empoderamento e de inclusão social. Fizemos uso das categorias conscientização, empoderamento e conectividade de Paulo Freire (MAFRA, 2007) para avaliar os relatos de vida. Ao término, foi possível encontrar resultados que relacionam a categoria conectividade radical como facilitadora de uma autopoise comunitária, que pode ser traduzida na capacidade dos usuários de se reinventarem para continuar vivendo, mantendo uma vida produtiva e evoluindo pessoal e comunitariamente – estado de protagonismo gerador de melhores condições de saúde e de aprofundamento dos vínculos sócio participativos.



Resumo Inglês:

This article is based on a qualitative research in which users of the Community Systemic Approach discuss the effectiveness of preventive and inclusive socio-therapeutic care in their lives. The Community Systemic Approach emerged as a set of integrative and socio-inclusive practices of care for the conservation of the mental health of residents of the outskirts of Fortaleza, Ceará. The research verified the progress in the biopsychosoespiritual welfare of users of the Community Mental Health Movement, executor of a public policy of Mental Health in partnership with the City of Fortaleza within the scope of the National Policy of Complementary Integrative Practices of SUS. The verification resorted to life reports (BERTAUX, 2005), choosing the bias of subjective effectiveness (FIGUEIREDO, FIGUEIREDO, 1986). For the WHO, health is defined as a state of physical, mental and social well-being. In this work, the concept of health is expanded, considering the biopsychosoespiritual balance, adding the spiritual dimension to the WHO definition. The research contemplated the contextualization of therapeutic actions, of empowerment and of social inclusion. We used the categories of consciousness, empowerment and connectivity of Paulo Freire (MAFRA, 2007) to evaluate the life stories. At the end, it was possible to find results that relate the category of radical connectivity as facilitator of a community autopoise, which can be translated into the users’ ability to reinvent themselves to continue living, maintaining a productive life and evolving personally and communitarily - better health conditions and deepening of participatory partnerships.