Esse texto coletivo surgiu a partir da interação entre Roberto Lima e Camila Prates (pesquisa as controvérsias tecnocientíficas em contextos de conflitos e desastres ambientais) na mesa de encerramento da 6ª Semana de Antropologia da UFS ocorrida no dia 24 de novembro e dos aportes de Juliane Lima (pesquisa o conflito ambiental da Braskem) e Carlos Lopes (pesquisador da etnofotografia no contexto do desastre), no chat do evento. A partir disso surgiu a ideia de fazer uma entrevista ao trio de pesquisadores sobre o desastre da Braskem em Maceió. Rapidamente foi organizado coletivamente os pontos de interesse meus e dos colegas e a conversa foi realizada no dia 6 de dezembro de 2024. Essa versão que está sendo publicada é o resultado da transcrição da conversa com a revisão por cada um dos autores de suas falas individuais. Convém lembrar que o desastre da Braskem se dá em decorrência da extração de Sal-gema no subsolo alagoano (iniciado na década de 1970). O desastre foi direcionado pela extração industrial e sem as devidas fiscalizações, com o Serviço Geológico do Brasil atestando a Braskem como responsável pelo afundamento (subsidência) do solo de cinco bairros.