O artigo propõe uma discussão sobre as socialidades produzidas no Bosque Rodrigues Alves, na cidade de Belém (PA), a partir das relações interespecÃficas experienciadas por profissionais nomeados “tratadores†e os não-humanos (animais em cativeiro), investigando as interações efetuadas naquela paisagem urbana. A questão do olhar, mais especificamente da troca de olhares entre ambos, conduz-nos a reflexões que apontam para o deslocamento da perspectiva e das atitudes em relação aos não-humanos, considerando as suas agências. Nestes termos, busca-se, mediante o acompanhamento dos jogos de aproximações e de distanciamentos diários dos humanos (tratadores), em seus itinerários pelo zoo, observar as práticas de cuidado e conservação da fauna que compõem as relações com o acervo de espécies em cativeiro.
This article proposes a discussion about the socialization carried out in the Bosque Rodrigo Alves, in the town of Belém (PA) from interspecific relations experienced by professionals appointed "caretakers" and the non-humans (animals in captivity), investigating the interactions performed in urban landscape. In relation to perspective, more specifically in the interaction between both, makes us reflect about other perspectives and attitudes in relation to non-humans, considering its agencies. In these terms, the article aims, through the monitoring of approach games and daily distances of humans (caretakers) in their itineraries by the zoo, observe care practices and conservation of wild fauna that compose the suite of species in captivity.