Neste artigo analisamos a acessibilidade de uma instituição de ensino superior, a partir do olhar dos atores envolvidos: o coordenador de um curso de graduação e de duas alunas desse mesmo curso, usuárias de cadeiras de roda. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual usamos como instrumento a entrevista semi-estruturada. Os resultados apontaram que o coordenador de curso conhecia os conceitos de inclusão e acessibilidade. Por outro lado, as condições de acessibilidade, sobretudo arquitetônica das instalações do curso, eram precárias e prejudicavam o seu pleno usufruto pelos alunos com deficiência fÃsica regularmente matriculados em diferentes cursos de graduação que necessitam de meios acessÃveis para sua locomoção. As alunas participantes da pesquisa percebiam que estas condições dificultavam sua vida universitária e uma delas, mais particularmente, lutava, para que houvesse modificação desta situação. Pudemos concluir que de fato os alunos com deficiência travavam lutas para permanecer na educação superior, pois embora a acessibilidade seja um direito, ainda não foi plenamente efetivado. As instituições, principalmente a pesquisada, ainda tem muito que melhorar para se tornar inclusiva.