O estabelecimento urbano de Montes Claros, em Minas Gerais, se processou de modo não planejado, sem considerar o acesso universal ao espaço público por todas as pessoas e suas diferentes necessidades. Reflexo disso é que grande parte dos instrumentos urbanos, como ruas e calçadas, não apresenta a qualidade aceitável para circulação da pessoa deficiente, a exemplo do que acontece na Rua Doutor Veloso, na região central da cidade, onde se encontram os pontos comerciais de alto padrão. Apesar de a população com deficiência física representar 7% da população. Diante disso, utilizando-se os termos “ruas”, “calçadas” e “deficientes”, coletou-se os principais artigos afins ao termo proposto, para que se configurasse uma revisão de bibliografia. Feita a identificação dos objetos do estudo, procuraremos fazer comparações entre as temáticas e os conceitos de acessibilidade e mobilidade, abordadas em cada um deles, com a situação em que se encontram as calçadas e ruas da cidade. Pode-se dizer que, com o objetivo principal de sensibilizar a sociedade em geral, esta revisão conclui uma realidade alarmante, na qual os conceitos de acessibilidade e mobilidade, na grande maioria, não se aplicam, mesmo este país, segundo o IBGE, ter 45.606.040 brasileiros com alguma deficiência. Isso indica que intervenções a médio e longo prazo serão necessárias para adequar o ambiente da cidade com as limitações do deficiente. Diante disso, justifica-se a elaboração do trabalho como forma de servir de instrumento norteador das políticas públicas de mobilidade e acessibilidade, sugerindo intervenções como a criação de espaços democráticos/compartilhados, entre outros.