Acesso a medicamentos e patentes farmacêuticas têm sido alvo de intensos debates, principalmente a partir da criação da OMC e da assinatura do Acordo TRIPS, no início dos anos 1990. Em uma aliança estratégica, países desenvolvidos e corporações farmacêuticas, articularam a obrigatoriedade do patenteamento de medicamentos, argumentando que não haveria mais inovações sem o incentivo do monopólio, para recuperação do investimento. No entanto, duas décadas depois, não faltam dados para comprovar quão falacioso era esse argumento. Neste artigo apresentaremos os impactos das patentes farmacêuticas no acesso a medicamentos e na inovação médica e defenderemos que somente a partir do enfrentamento sistêmico do poder das corporações é possível garantir acesso a medicamentos e inovação farmacêutica, baseada em necessidade de saúde.
Access to medicines and pharmaceutical patents have been the subject of debate, especially since the creation of the WTO and the TRIPS Agreement in the early 1990s. In a strategic alliance, developed countries and corporations have articulated the obligation to have patents for medicines. They argued that there would be no further medical innovations without monopoly incentive, to recover investments. However, two decades later, there is plenty of data proving how fallacious this argument was/is. In this article, we will present the impacts of pharmaceutical patents on access to medicines and medical innovation and we will argue that only with a systemic confrontation with corporate power it is possible guarantee access to medicines and pharmaceutical innovation based on health needs.