Este ensaio visa aproximar, discutindo e analisando, dois retratos fotográficos – um nu parcialmente velado (CESAR, 2016, p. 41) e um outro onde o rosto é o elemento-chave central (CESAR 2016, p. 104) –, de dois textos líricos de Ana Cristina Cesar: “Anônimo” (CESAR, 2013, p. 28) e “Poema óbvio” (CESAR, 2013, p. 172), que se concentram nas questões da dificuldade de definição e de delimitação do self (GARCIA, 2010). Desta forma, evidenciar-se-á a rede de ligações existente entre as esferas poética e iconográfica da autora (FERRAZ, 2016), e explorar algumas das consequências que daí advêm para a assunção da sua subjetividade, procurando demonstrar que, mais do que apenas fornecer uma imagem referencial da poeta e constituir um memento mori – para aludir à problematização de Susan Sontag (SONTAG, 2012) –, a fotografia, não condicionando, acompanha e sublinha a sua existência estética.
This essay seeks to approach, by discussing and analyzing, two photographic portraits – a partial dissimulated nude (CESAR, 2016, p. 41) and another one, that has the face as the main key factor (CESAR, 2016, p. 104) –, of two Ana Cristina Cesar’s poems: Anônimo” (CESAR, 2013, p. 28) and “Poema óbvio” (CESAR, 2013, p. 172), which emphasizes the difficulty of the definition and delimitation of the poetic self. That way, I’ll try to highlight the connections between the author’s poetic and iconographic spheres (FERRAZ, 2016), and explore some of the consequences that emerge from the assumption of her subjectivity, trying to demonstrate that, more than provide a reference image of the poet and establish a memento mori – to rescue Susan Sontag’s problematization (SONTAG, 2012) –, photography, not conditioning, attends and underlines her aesthetic existence.
Este ensayo pretende aproximar, a través de la discusión y el análisis, dos retratos fotográficos – un desnudo parcialmente velado (CESAR, 2016, p. 41) y otro donde el rostro es el elemento clave central (CESAR 2016, p. 104) – a partir de dos textos líricos de Ana Cristina Cesar: “Anónimo” (CESAR, 2013, p. 28) y “Poema obvio” (CESAR, 2013, p. 172), que se centran en cuestiones sobre la dificultad para definir y delimitar el self (GARCIA, 2010). De este modo, se destacará la red de vínculos entre la esfera poética e iconográfica de la autora (FERRAZ, 2016), y se explorarán algunas de las consecuencias que surgen de la asunción de su subjetividad, tratando de demostrar que, más que simplemente proporcionar una imagen referencial de la poeta y constituir un memento mori – para aludir a la problematización de Susan Sontag (SONTAG, 2012) – la fotografía, no condicionando, acompaña y resalta su existencia estética.