O vírus da imunodeficiência humana é o agente etiológico da AIDS, doença crônica que destrói o sistema imunológico e é caracterizada pela baixa contagem de células TCD4, alta contagem de partículas virais no sangue e manifestações clínicas da doença. O diagnóstico se dá com o aparecimento de infecções oportunistas, que levam a contagem de TCD4 a níveis menores que 200 céls/mm³. Os exames laboratoriais para o diagnóstico do HIV foram os principais avanços para o início do tratamento, reduzindo a transmissão. Detecção de anticorpos, detecção de antígenos e amplificação do genoma do vírus são alguns dos exames laboratoriais utilizados para diagnóstico. Os dois principais biomarcadores são os exames de contagem de células TCD4, que verifica o sistema imune, e a quantificação de carga viral, que informa a quantidade de partículas virais, mostrando a progressão da infecção. Quanto maior a carga viral, maior o dano ao sistema imune. Uma carga viral indetectável é inferior a 50 cópias/mL, mas valores menores ou iguais a 200 cópias/mL também impedem a transmissão. Uma declaração de consenso afirma que Indetectável é igual a Intransmissível. Portanto, quando indetectável, a transmissão inexiste. O presente estudo relata e discute o caso clínico de uma paciente diagnosticada com HIV/AIDS aos 28 anos, que sobreviveu, apesar do diagnóstico tardio, e sob presença de doença oportunista com um grave grau de diminuição de células TCD4 (22 cél/mm³). Por meio do diagnóstico, introdução e adesão correta da terapia antirretroviral e monitorização de exames laboratoriais, conseguiu evitar a morte e ter uma vida semelhante à de um HIV negativo. Ultrapassou a expectativa de vida que na descoberta era de 10 anos, com uma qualidade de vida considerável, não sendo transmissora do vírus, diminuindo assim o estigma e preconceito. O biomédico é peça fundamental nesse contexto, considerando que deve fornecer informações precisas e fidedignas, tão necessárias ao acompanhamento de pessoas vivendo com HIV, para que autoridades e profissionais de saúde adotem medidas adequadas, tanto na prevenção, quanto no diagnóstico e monitoramento da doença.
The human immunodeficiency virus is the etiological agent of AIDS, a chronic disease that destroys the immune system and is characterized by low TCD4 cell count, high viral particle count in blood and clinical manifestations of the disease. The diagnosis is due to the appearance of opportunistic infections, which lead to TCD4 counts below 200 cells / mm³. Laboratory tests for the diagnosis of HIV were the main advances in starting treatment, reducing transmission. Antibody detection, antigen detection and virus genome amplification are some of the laboratory tests used for diagnosis. The two main biomarkers are the TCD4 cell count tests, which checks the immune system, and viral load quantification, which reports the number of viral particles, showing the progression of infection. The higher the viral load, the greater the damage to the immune system. An undetectable viral load is less than 50 copies / mL, but values less than or equal to 200 copies / mL also prevent transmission. A consensus statement states that Undetectable equals Non-Transmissible. Therefore, when undetectable, transmission does not exist. The present study reports and discusses the clinical case of a patient diagnosed with HIV / AIDS at age 28, who survived despite late diagnosis and under the presence of opportunistic disease with a severe degree of TCD4 cell reduction (22 cells / mm³). Through the diagnosis, introduction and correct adherence of antiretroviral therapy and monitoring of laboratory tests, she was able to avoid death and have a life similar to that of an HIV negative. Exceeded the life expectancy that in the discovery was 10 years, with a considerable quality of life, not transmitting the virus, thus reducing the stigma and prejudice. The biomedical is a key player in this context, considering that he must provide accurate and reliable information, which is so necessary for the monitoring of people living with HIV, so that authorities and health professionals adopt appropriate measures, both in prevention, diagnosis and monitoring of the disease.