O artigo compara a obra de Konstantin Stanislávski publicada em 1938, Rabota aktiora nad soboi, Tchast I (O trabalho do ator sobre si mesmo, Parte I), com a sua tradução em língua inglesa feita por Elizabeth Reynolds Hapgood e publicada em 1936, An Actor Prepares (Um ator se prepara). A comparação revela importantes diferenças que vão desde o tamanho do texto, o que indica um forte corte editorial, até alterações ou inconstâncias na escolha de determinados termos. Dessa forma, o artigo se debruça sobre as consequências que a tradução em língua inglesa traz para o entendimento do “sistema” no teatro estadunidense, sobretudo no século XX, e como as escolhas feitas pelo conselho editorial e pela tradutora, foram decisivas durante a transmissão e alteração do sentido do texto de Stanislávski e, portanto, de suas ideias.