Foi objetivo do presente trabalho adaptar e validar um instrumento de avaliação da satisfação com a imagem corporal para amostras brasileiras, através de dois estudos distintos. O primeiro estudo verificou a validade fatorial e a consistência da escala, em uma amostra de 277 estudantes universitárias. As análises fatoriais exploratórias evidenciaram que a solução de dois fatores (satisfação com a aparência e preocupação com o peso), com índices de consistência interna de 0,90 e 0,79, respectivamente, era a que melhor representava a estrutura interna da escala. O segundo estudo atestou a validade concorrente da forma final da escala, através da comparação dos resultados obtidos por mulheres obesas e não obesas, que, através de três diferentes critérios de classificação da obesidade, apresentaram resultados significativamente diferentes, na direção esperada. Concluiu-se que a escala apresentou boas características psicométricas, o que recomenda sua utilização em pesquisas e como instrumento auxiliar de diagnóstico, em situações clínicas.