Neste artigo é avaliada a interferência de fatores sociodemográficos e clínicos na adesão ao tratamento de portadores de reação hansênica em uma unidade de referência dermatológica da Região Metropolitana de Belém, Estado do Pará, Brasil, no período de 2005 a 2010. Trata-se de um estudo transversal, de cunho descritivo, em uma amostra de 214 indivíduos em tratamento de reação hansênica. Os resultados mostraram predominância de adultos do sexo masculino com baixa escolaridade, maior incidência da forma clínica dimorfa e tratamento multibacilar. O tipo de reação predominante foi a reação reversa. O maior percentual dos pacientes apresentou de um a três episódios reacionais, acompanhados de neurite. A associação entre fatores sociodemográficos e adesão apontou o sexo masculino com três vezes mais chances de não aderir ao tratamento (p < 0,0110). Não houve associação entre adesão e variáveis clínicas. O índice de adesão ao tratamento foi considerado elevado.
In this study, it was evaluated the interference of socio-demographic and clinical factors in the adherence to treatment in patients with leprosy reaction in a dermatology unit of reference in the Metropolitan Region of Belém, Pará State, Brazil, during the period from 2005 to 2010. It was a cross-sectional descriptive study in a sample of 214 individuals in treatment of leprosy reaction. The results showed a predominance of adult males with low education, higher incidence of dimorphous leprosy and multibacillary treatment. The predominant reaction was the reverse reaction. The higher percentage of patients was from one to three reactional episodes with neuritis. The connection between socio-demographic factors and that adherence pointed male sex with three times more likely to not accept the treatment (p < 0.0110).
En este artículo se evalúa la interferencia de factores sociodemográficos y clínicos en la adhesión al tratamiento de portadores de reacción hansénica en una unidad de referencia dermatológica de la Región Metropolitana de Belém, Estado de Pará, Brasil, en el período de 2005 a 2010. Se trata de un estudio transversal, de cuño descriptivo, en una muestra de 214 individuos en tratamiento de reacción hansénica. Los resultados mostraron predominancia de adultos de sexo masculino con baja escolaridad, mayor incidencia de la forma clínica dimorfa y tratamiento multibacilar. El tipo de reacción predominante fue la reacción reversa. El mayor porcentaje de los pacientes presentó de un a tres episodios reactivos, acompañados de neuritis. La asociación entre factores sociodemográficos y adhesión señaló que el sexo masculino tiene tres veces más oportunidades de no adherir al tratamiento (p < 0,0110). No hubo asociación entre adhesión y variables clínicas. El índice de adhesión al tratamiento fue considerado elevado.