Com o objetivo de abordar epistemologicamente o status de Ciência da Administração como
disciplina se recorreu a alguns dos critérios de demarcação de ciência que foram mais
debatidos pela filosofia desde o século passado. Aponta-se inicialmente o principal
argumento contrário a cientificidade da área, a indefinição de um objeto de análise, e em
contrapartida o conjunto de pesquisas que deram forma ao campo de estudos da
Administração e que melhor retratam o processo de construção do seu objeto de análise. Na
sequência são apresentadas definições de ciência e os fatores que condicionam seu exercÃcio e
explicam suas imperfeições. A partir dessas definições são apresentados os diferentes
critérios de demarcação de ciência na concepção de Karl Popper, Thomas Kuhn e Imre
Lakatos. Examinados esses critérios a Administração é analisada como ciência. Conclui-se
que a atividade de pesquisa no campo da administração é mais precisamente definida como
ciência a partir das noções de falseamento e de programas de pesquisa. Em adição, ressaltase
que, apesar de desejável, a lógica de falseamento ainda não guia a postura dos
pesquisadores da área e os esforços acumulados na investigação do objeto de análise da
administração ainda não apontam claramente a formação de um paradigma.
To analyze epistemologically the science status of Management as a discipline, we used some
scientific limitation criteria that were more discussed by philosophy since last century. In the
beginning of the article it is showed the aim proposition against the management science
status, the lack of a clear analyses subject, on the other hand it is presented the set of research
that better shows the construction process of this analyses subject. Following, definitions
about science are introduced, theirs imperfections and the imperatives conditions to thispractice. With this definition in mind we present the different science limitation criteria of
the Karl Popper, Thomas Kuhn and Imre Lakatos. After analyzing these criteria, the
Management was put in details like a science. Our conclusion is that the management
research is more precisely defined like a science when considering the falsification and
research programs ideas, respectively extracted of the Karl R. Popper and Imre Lakatos.
Additionally we highlight that the science as falsification logic don’t drive the researches’
posture in the Business Administration field studies, and the historically initiatives of the
investigation about the management’s analyses subject not show the formation of a
paradigm yet.
