A afetividade está presente desde as primeiras manifestações da existência humana. Desde o
nascimento, a criança engendra-se numa busca constante de interação e adaptação ao mundo
em que vive e para isso utiliza de mecanismos primeiramente físicos, corporais, para mais tarde
desenvolver outros, essencialmente psíquicos. Os aspectos afetivos positivos que permeiam as
relações sociais estabelecidas entre a criança e o adulto determinam a construção de identidade
e o valor que a criança dá a si mesmo. As experiências vivenciadas com alto nível de consciência,
motivadas pelo prazer da descoberta e permeadas pela afetividade garantem uma riqueza de
significados por toda a vida. No contexto escolar, tais relações ampliam-se num nível dinâmico e
diversificado, exigindo que a criança esteja num constante processo de readaptação e assimilação
sobre o sentido e a forma como acontecem as coisas em sua volta. A construção da linguagem oral
permite à criança expressar suas ideias e sentimentos em relação ao mundo e às pessoas com quem
convive. Neste trabalho, o papel do educador é apresentado como um facilitador da compreensão
do mundo, possibilitando à criança dar significado às suas próprias descobertas.