A AFETIVIDADE PARA A DESCONSTRUÇÃO DO RACISMO E DA DESIGUALDADE AFETIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Revista Em Favor de Igualdade Racial

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ISSN: 2595-4911
Editor Chefe: Flávia Rodrigues Lima da Rocha
Início Publicação: 11/05/2020
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

A AFETIVIDADE PARA A DESCONSTRUÇÃO DO RACISMO E DA DESIGUALDADE AFETIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Ano: 2023 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: Olívia Alexsander Gabriel, Luciano Blasius
Autor Correspondente: Olívia Alexsander Gabriel | [email protected]

Palavras-chave: educação, educação infantil, racismo, desigualdade afetiva, afetividade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O racismo é uma violência silenciosa e estrondosa vinda de várias pessoas. e pessoas pretas sofrem por isso diariamente em todos os âmbitos. O espaço escolar não é apenas responsável pela educação formal de crianças, mas também pelo despertar do autoconhecimento para a construção de um desenvolvimento integral e saudável, envolvendo todas as relações interpessoais da criança. Deparar-se com o racismo, já no desenvolvimento infantil, é prejudicial para a construção da identidade da criança preta, principalmente pela desigualdade afetiva recebida, pelos olhares e pelas falas que a reduzem, potencializando a falta de segurança em si. A desigualdade afetiva em relação às crianças pretas, durante a Educação Infantil, causa dores profundas e duradouras. A educação para as relações étnico-raciais e o entendimento referente ao racismo estrutural são essenciais para a sociedade, principalmente no Brasil, país que mais sequestrou populações africanas para a escravização. Neste cenário, o objetivo desta pesquisa é fomentar discussão crítica e reflexiva sobre a importância do papel da escola e de como a afetividade pode ser usada como ferramenta contra o racismo na Educação Infantil. Precisamos discutir e procurar maneiras de enfrentamento ao racismo em todo e qualquer espaço. Considerando historicamente a situação brasileira, a discussão sobre racismo estrutural é relativamente recente, ganhando força com a criação da Lei nº 10.639/03, ampliada pela Lei nº 11.645/08, que inclui a obrigatoriedade do ensino da História e da Cultura Afro-brasileira e Indígena em toda a rede de ensino. Contudo, ainda se faz necessário compreender que, para além da educação formal, é preciso descolonizar as ideias de professores/as e de profissionais da educação, a fim de que tenham olhar humanamente diferenciado sobre crianças pretas dentro da escola.



Resumo Inglês:

Racism is a silent and thunderous violence, at the same time, that black people suffer daily, in all areas, coming from several people. The school space is not only responsible for the formal education of children, but also for the awakening of self-knowledge for the construction of an integral and healthy development, involving all the interpersonal relationships of the child. Facing racism, already in child development, is detrimental to the construction of the black child's identity, mainly due to the affective inequality received, the looks and the statements that reduce it, enhancing the lack ofsecurity itself. The affective inequality in relation to black children, during Kindergarten, causes deep and lasting pain. Education for ethnic-racial relations and understanding regarding structural racism are essential for society, especially in Brazil, the country that most kidnapped African populations for enslavement. In this scenario, the objective of this research is to encourage critical and reflective discussion about the importance of the role of the school and how affectivity can be used as a tool against racism in Early Childhood Education. We need to discuss and look for ways to confront racism in any space. Historically considering the Brazilian situation, the discussion on structural racism is relatively recent, gaining strength with the creation of Law 10.639/03, expanded by Law 11.645/08, which includes the mandatory teaching of Afro-Brazilian History and Culture and Indigenous throughout the education network. However, it is still necessary to understand that, in addition to formal education, it is necessary to decolonize the ideas of teachers and education professionals, so that they have a humanly differentiated look at black children within the school.