Vista como cenário da salvação ambiental do planeta, a Amazônia tem despertado o interesse internacional. Por sua vez, no Brasil, depois do fim dos governos militares, com advento da Nova Ordem Mundial e o avanço das políticas neoliberais, surgem diferentes agendas estratégicas civis para a Amazônia no século XXI. Enquanto isso, as preocupações militares com a região centraram-se principalmente no risco de sua internacionalização. Neste quadro, este trabalho busca analisar as agendas estratégicas civis para a Amazônia, apresentando assim um quadro das convergências e divergências entre estas. Em termos metodológicos, numa primeira etapa, a pesquisa consistiu na análise de documentos das principais agendas, denominadas: Agenda 21, agenda local e agenda nacionalista critica. Efetuou-se também a leitura da bibliografia disponível sobre a Agenda 21 e de alguns trabalhos teóricos sobre a questão do desenvolvimento sustentável, escritos de representantes da agenda nacionalista crítica e das elites locais. Como resultado, foi possível inferir que existem divergências quanto às propostas para a região amazônica, que vão desde políticas ambientais de cunho mundial para a região até propostas da elite regional visando o pleno desenvolvimento econômico, passando por uma agenda nacionalista de esquerda, que procura partir do local para o global.