A aglomeração dos serviços de emergência, configura um problema mundial, com repercussões na assistência, produção do sistema e desenvolvimento da equipe. Este estudo buscou identificar os fatores que resultam na aglomeração do serviço de urgência e emergência no pronto-socorro referência em Rondônia. Trata-se de um estudo observacional, transversal de abordagem quantitativa. A população do estudo foi analisada de forma retrospectiva, através da exploração de prontuários dos pacientes que deram entrada no Hospital Estadual e Pronto-Socorro João Paulo II, no período de julho a setembro de 2022. Foram incluídos na pesquisa 1.983 prontuários. Uma taxa de 23,3% dos pacientes foi classificada com a cor amarelo e 41,77% com a cor verde, sendo que 35,9% deram entrada por demanda espontânea, seguido por 29,9% de encaminhamentos dos demais componentes da Rede de Atenção à Saúde. A maioria dos pacientes ficaram internados por um período de 1 a 5 dias (61,4%), seguido de 6 a 10 dias (24,0%), sendo que 41,8% destes necessitaram aguardar por algum procedimento ou transferência por um período de 1 a 10 dias, 6,3% aguardaram 11 a 29 dias e apenas 1,3% aguardaram por um tempo inferior a 24 horas. Portanto, foi possível constatar uma variedade de fatores que contribuem para a superlotação, como a dificuldade no acesso e resolutividade dos demais pontos da Rede de Atenção e o déficit na comunicação e ausência de fluxo bem estabelecido entre a central de regulação e os hospitais de retaguarda, ocasionando um tempo de espera fora do comum no hospital da pesquisa.
The crowding of emergency services is a global problem, with repercussions on assistance, system production and team development. This study sought to identify the factors that result in crowding in the urgent and emergency service in the reference emergency room in Rondônia. This is an observational, cross-sectional study with a quantitative approach. The study population was analyzed retrospectively, through the exploration of medical records of patients who were admitted to the Hospital Estadual e Pronto-Socorro João Paulo II, from July to September 2022. 1,983 medical records were included in the research. A rate of 23.3% of patients was classified as yellow and 41.77% as green, with 35.9% admitted due to spontaneous demand, followed by 29.9% of referrals from other components of the Network of Health Care. Most patients were hospitalized for a period of 1 to 5 days (61.4%), followed by 6 to 10 days (24.0%), and 41.8% of these needed to wait for some procedure or transfer for a period of 1 to 10 days, 6.3% waited 11 to 29 days and only 1.3% waited for less than 24 hours. Therefore, it was possible to verify a variety of factors that contribute to overcrowding, such as the difficulty in accessing and resolving other points of the Care Network and the deficit in communication and lack of well-established flow between the regulation center and the back hospitals, causing an unusual waiting time at the research hospital.
La saturación de los servicios de emergencia constituye un problema global, con repercusiones en la asistencia, la producción de sistemas y el desarrollo de equipos. Este estudio buscó identificar los factores que resultan en el hacinamiento en el servicio de urgencia y emergencia en la sala de emergencia de referencia en Rondônia. Se trata de un estudio observacional, transversal y con enfoque cuantitativo. La población de estudio fue analizada retrospectivamente, a través de la exploración de prontuarios de pacientes que ingresaron en el Hospital Estadual e Pronto-Socorro João Paulo II, de julio a septiembre de 2022. Fueron incluidos en la investigación 1.983 prontuarios. Una tasa del 23,3% de los pacientes se clasificó como amarilla y el 41,77% como verde, con un 35,9% ingresados por demanda espontánea, seguido por un 29,9% de derivaciones de otros componentes de la Red de Atención a la Salud. de 1 a 5 días (61,4%), seguido de 6 a 10 días (24,0%), de estos el 41,8% tuvo que esperar algún trámite o traslado por un período de 1 a 10 días, el 6,3% esperó de 11 a 29 días y sólo el 1,3% esperó menos de 24 horas. Por lo tanto, se pudo verificar una variedad de factores que contribuyen al hacinamiento, como la dificultad para acceder y resolver otros puntos de la Red de Atención y el déficit de comunicación y falta de flujo establecido entre el centro de regulación y los hospitales traseros, provocando un tiempo de espera inusual en el hospital de investigación.
