A Agricultura Camponesa (des)aparecerá frente às determinações do Capital e/ou se (re)criará?

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ISSN: 1982-6745
Editor Chefe: Rogério Leandro Lima da Silveira
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Quadrimestral

A Agricultura Camponesa (des)aparecerá frente às determinações do Capital e/ou se (re)criará?

Ano: 2016 | Volume: 21 | Número: 3
Autores: S. A. K. Gaspareto, E. Karnopp, C. M. Deponti
Autor Correspondente: S. A. K. Gaspareto | [email protected]

Palavras-chave: campesinato, desenvolvimento rural, Movimento de Mulheres Camponesas de Santa Catarina

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Discute-se neste artigo alguns aspectos relacionados ao debate sobre o (des)aparecimento da agricultura camponesa como um tema recorrente que ganha visibilidade em diferentes contextos e perspectivas teóricas com diferentes entendimentos, concepções e percepções. Esta discussão resulta de processos que estão em construção, vão sendo (re)significados e (re)elaborados pelos próprios sujeitos que permanentemente “se fazem” nas lutas por diferentes modos de vida e por sua vez, tais construções estão em disputa tanto no mundo acadêmico quanto no mundo político. Trabalha-se com a ideia de que mesmo considerando os conflitos e as contradições inerentes ao contexto rural, a agricultura camponesa ao invés de desaparecer, se reinventa e se fortalece. A revisão conceitual sobre o tema se dá a partir de uma leitura de autores clássicos como Lênin (1899/1985) Kautsky (1980) Shanin (2005) em diálogo com outros autores como: Lamarche (1993,1998) e Abramovay (1992), Wanderley (1989), Oliveira (2004), Mendras (1976) Sandroni (1985). Busca-se na experiência do Movimento de Mulheres Camponesas em Santa Catarina os significados do termo camponês – camponesa, bem como, aspectos relativos à experiência das mulheres camponesas desse Movimento em relação à ressignificação da agricultura camponesa. Conclui-se que contrariamente ao que vem sendo afirmado historicamente, o modo de vida camponesa, ao invés de desaparecer, se (re)cria, se (re)inventa e se (re)coloca nos diferentes cenários enquanto modo de vida, de resistência e de enfrentamento às determinações do Capital.

Resumo Inglês:

It is discussed in this article some aspects of the debate on the (dis)appearance of peasant agriculture as a recurring theme that gained visibility in different contexts and theoretical perspectives with different understandings, conceptions and perceptions. This discussion, results of processes that are under construction, will be (re) meanings and (re) produced by the subjects themselves permanently "to do" in the struggle for different ways of life and in turn, these buildings are in dispute both academic world and the political world. Works with the idea that even considering the conflicts and contradictions inherent in the rural context, peasant agriculture instead of its demise, it reinvents itself and grows. The conceptual review on the subject is given from a reading of classical authors like Lenin (1899/1985) Kautsky (1980) Shanin (2005) in dialogue with other authors such as: Lamarche (1993.1998) and Abramovay (1992) Wanderley (1989), Oliveira (2004), Mendras (1976) Sandroni (1985). Search on the Movement of Peasant Women of experience in Santa Catarina the meanings of the term camponês - peasant, as well as aspects of the experience of peasant women of this movement in relation to the reframing of peasant agriculture. In conclusion, contrary to what has been said historically, the way of peasant life, instead of disappearing, (re) create, (re) invents and (re) places in the different scenarios as a way of life, resistance and coping with the determinations of the Capital.