Em texto de 1977, Florestan Fernandes, descreve “a natureza do capitalismo agrário no Brasil e suas influências mais profundas sobre a formação do capitalismo urbano-industrial e da sociedade de classes”. É por conta da origem rural da acumulação capitalista no Brasil que, para Florestan, se formou em seus segmentos dominantes uma “resistência sociopática” à mudança social. Este artigo explora esta trilha para trabalhar a hipótese de que ela se associa ao modo como a sociedade brasileira recalcou a luta aberta contra o monopólio fundiário, reproduzindo e ampliando a modernização conservadora, mesmo em períodos relativamente democráticos como os governos liderados pelo PT.
In a 1977 article, Florestan Fernandes describes “the nature of agrarian capitalism in Brazil and its deepest influences on the formation of urban-industrial capitalism and class society. It’s because of the rural origin of capitalist accumulation in Brazil that, for him, a “sociopathic resistance” to social change was formed in its dominant segments. This article explores this path to work on the hypothesis that it’s associates with the way in which Brazilian society repressed the open struggle against land monopoly, reproducing and expanding conservative modernization, even in relatively democratic periods such as the governments led by the PT.