Alcoolismo e medicina psiquiátrica no Brasil do início do século XX

História, Ciências, Saúde - Manguinhos

Endereço:
Av Brasil 4365
Rio de Janeiro / RJ
Site: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0104-5970&lng=pt&nrm=iso
Telefone: (21) 3865-2208
ISSN: 1045970
Editor Chefe: Jaime L. Benchimol
Início Publicação: 30/06/1994
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: História

Alcoolismo e medicina psiquiátrica no Brasil do início do século XX

Ano: 2010 | Volume: 17 | Número: Suplemento
Autores: Fernando Sergio Dumas dos Santos, Ana Carolina Verani
Autor Correspondente: Fernando Sergio Dumas dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: alcoolismo, psiquiatria, história da medicina, Brasil, séculos XIX/XX.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Aborda o desenvolvimento da
psiquiatria no Brasil, entre o final do
século XIX e as três primeiras décadas
do XX, com base no estudo da
construção de saberes e práticas, neste
campo, acerca do alcoolismo. Discute a
visão da psiquiatria sobre a
responsabilidade do álcool na
manifestação da loucura. Trata a
hipótese de que o conceito de ‘psicose
alcoólica’ buscou enfeixar os sintomas e
problemas causados no indivíduo pelo
alcoolismo crônico. Chama atenção
para o fato de que esta era uma ‘doença
social’, definição que a aproxima das
classes populares: de seus costumes,
práticas e condições de vida. Procura
analisar as internações nos hospícios,
recuperando os ecos das discussões
médicas e tomando as reflexões do
escritor Lima Barreto como
contraponto ao saber médico da época.



Resumo Inglês:

Based on a study of the construction of
psychiatric knowledge and practices
regarding alcoholism, the article explores
the development of psychiatry in Brazil
from the close of the nineteenth century
through the first three decades of the
twentieth. It examines both the role that
psychiatry assigned to alcohol in
manifestations of madness as well as the
hypothesis that the concept of “alcoholic
psychosis” was an attempt to encompass
the symptoms and problems triggered
within someone with chronic alcoholism.
Defining the latter as a “social disease”
tended to link it with the lower classes and
their customs, practices, and living
conditions. In an analysis of confinement
to asylums, the article also captures echoes
of the era’s medical discussions and uses
the reflections of writer Lima Barreto as a
counterpoint to medical knowledge at that
time.