Neste artigo nos propomos a analisar as estratégias dos senhores rio-grandenses para obtenção do
trabalho escravo em suas estâncias em terras uruguaias. Através do caso do pardo Anacleto, buscaremos
compreender especificamente como os senhores levavam sobre a condição de libertos seus cativos para servirem
como escravos em terra livre. Utilizamos como fontes documentais para essa investigação as alforrias registradas
nos tabelionatos de diversos municÃpios, subsidiados no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul
(APERS), os avisos dos Ministros Estrangeiros no Arquivo Nacional (ANRJ), as correspondências diplomáticas
do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS) e registros paroquiais do Arquivo Histórico da Cúria
Metropolitana de Porto Alegre (AHCMPA).