Neste artigo, consideramos a mÃdia como um campo complexo, atravessado por lutas
heterogêneas que colocam em jogo a disputa de valores, de interesses polÃticos e
econômicos. Nossa análise tem como objetivo questionar as múltiplas relações de poder
que constituem este espaço de práticas discursivas e não-discursivas. E indagar,
especialmente, como estas relações têm se configurado pela formação de monopólios no
sistema de comunicação brasileiro. Para isto, nos apoiamos na análise sobre as relações
de poder-saber-subjetivação em Michel Foucault. Analisamos como as oligarquias do
setor de radiodifusão no paÃs têm estabelecido também mecanismos de dominação no
campo da comunicação, ao conseguirem articular um dispositivo que reproduz suas
práticas cristalizadas que agem por meio da lógica do comentário de informações
rápidas e fragmentadas, repletas de um projeto de banalização do cotidiano; marcada
pelo mercado do entretenimento sensacionalista, limitando que outros modos de
existência e discursos circulem e ganhem visibilidade, na sociedade brasileira.
In this article we consider the media as a complex field, crossed by heterogeneous
struggles to bring into play the contest of values, political and economic interests. Our
analysis aims to question the multiple power relations that constitute the space of
discursive practices and non-discursive. And ask, especially as these relations have been
marked by the formation of monopolies in the communication system in Brazil. For
this, we rely on the analysis of the relations of power-knowledge-subjectivity in Michel
Foucault. We analyze how the oligarchies of the broadcasting industry in the field of
communication, they can articulate a device that plays crystallized in their practices
banality of everyday life, marked by sensational entertainment market, limiting than
other modes of existence and discourses circulate and gain visibility in Brazilian
society.