Este artigo tem como objetivo realizar uma análise das obras Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá, ambas escritas por Lewis Carroll, pseudônimo de Charles Dodgson, especificamente a proposta analítica é concentrada na investigação da relação entre a utopia e distopia nas narrativas de Alice, busca-se compreender de um ponto de vista cultural e moderno como esses conceitos são abordados nas obras. Como a questão do pós-moderno e contemporâneo podem auxiliar na visão da utopia e distopia que permeiam o País das Maravilhas e o País dos Espelhos, sociedades regidas pelas figuras autoritárias da Rainha de Copas e da Rainha Vermelha, onde Alice entra como a personagem questionadora dos valores propagados por essa idealização, que acaba constituindo a opressão e submissão dos habitantes. É relevante também voltar o olhar para a questão cultural que, unida às convenções sociais, permeiam os ideais e comportamentos morais de uma sociedade. Assim, pode-se entender a relação entre as Rainhas e os demais personagens e, principalmente, Alice, que discorda do contexto. Para tanto, reflexões sobre o âmbito cultural e social serão tomados através de Llosa, Sant’Anna e Bauman; além de noções sobre utopia e distopia em Santee e Bloch.
This article aims to perform an analysis of the books Alice in Wonderland and Through the Looking Glass and what Alice found there, both written by Lewis Carroll, pseudonym of Charles Dodgson, specifically the analytical proposal is concentrated in the relationship between utopia and dystopia in Alice's narratives, we seek to understand from a cultural and modern point of view how these concepts are approached in the books. As the postmodern and contemporary question can help in the vision of utopia and dystopia that permeates Wonderland and the Land of Mirrors, societies ruled by the authoritarian figures of the Queen of Hearts and the Red Queen, where Alice enters as the questioning character of the values propagated by this idealization, which constructs the oppression and submission of the population. It is also relevant to turn our attention to the cultural question that, together with social conventions, permeates the ideals and moral behaviors of a society. Thus, one can understand the relationship between the Queens and the other characters and, especially, Alice, who disagrees with the context. For that, reflections on the cultural and social scope will be taken through Llosa, Sant’Anna and Bauman; as well as notions about utopia and dystopia in Santee and Bloch.